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História do Juazeiro

Juazeiro do Norte

 
Município de Juazeiro do Norte
"Terra de Padre Cícero"
Brasão de Juazeiro do Norte
Bandeira de Juazeiro do Norte
Brasão Bandeira
Hino
Aniversário  
Fundação 22 de julho de 1911
Gentílico juazeirense
Lema  
Prefeito(a) Manoel Raimundo de Santana Neto (PT)
(20092012)
Localização
Localização de Juazeiro do Norte
07° 12' 46" S 39° 18' 54" O07° 12' 46" S 39° 18' 54" O
Unidade federativa Ceará
Mesorregião Sul Cearense IBGE/2008 [1]
Microrregião Cariri IBGE/2008 [1]
Região metropolitana  
Municípios limítrofes Barbalha, Caririaçu, Crato e Missão Velha
Distância até a capital 514 km
Características geográficas
Área 248,558 km²
População 249.829 hab. est. IBGE/2009 [2]
Metro {{{população_metro}}} hab. est. IBGE/2009 [2]
Densidade 968,1 hab./km²
Altitude 350 m
Clima semi-árido
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,697 médio PNUD/2000 [3]
PIB R$ 1.098.232 mil IBGE/2006 [4]
PIB per capita R$ 4.564,00 IBGE/2006 [4]

Juazeiro do Norte é um município brasileiro do estado do Ceará. Graças à figura de Padre Cícero, é considerado um dos maiores centros de religiosidade popular da América Latina, atraindo milhões de romeiros todos os anos. É uma das mais importantes cidades do estado em termos econômicos e culturais, juntamente com Sobral e Crato.

O município localiza-se no sul do Estado, a 514 km da capital Fortaleza. Sua área é de 248,558 km², a uma altitude média de 350 metros. A população do município é estimada em 242.139 habitantes. A taxa de urbanização é de 95,3% .

Juazeiro do Norte era inicialmente um distrito da cidade vizinha Crato, até que o jovem Padre Cícero Romão Batista resolveu se fixar como pároco no lugarejo, até então sem capelão e, portanto, sem os serviços religiosos. Padre Cícero foi responsável, tempos depois, pela emancipação e independência da cidade. Por conta do chamado "milagre de Juazeiro" (quando Padre Cícero deu a hóstia sagrada à beata Maria de Araújo, a hóstia se transformou em sangue), a figura do padre assumiu características místicas e passou a ser venerado pelo povo como um santo. Hoje a cidade é a segunda do estado e referência no Nordeste graças ao padre.

Vila de Tabuleiro Grande

Detalhe na praça central de como era a cidade em 1827.

Quando ainda era uma vila pertencente ao Crato, Juazeiro chamava-se Tabuleiro Grande e não passava de um aglomerado de casas de taipa convergindo para uma capela dedicada à Nossa Senhora das Dores. A vila era um mero entreposto e servia de ponto de apoio para aqueles que se dirigiam para o Crato.

No natal de 1871, Padre Cícero recebeu o convite para rezar a missa do galo no lugarejo. Era para ser apenas uma celebração, mas em 11 de abril de 1872 o padre retornaria a Tabuleiro Grande acompanhado de alguns familiares para se fixar na vila. Segundo o próprio padre, a decisão decorreu de um sonho, onde viu Jesus Cristo e os doze apóstolos sentados a uma mesa, em seguida uma multidão de peregrinos marcados pela fome e pela dor adentra no local, então Jesus Cristo diz estar decepcionado com a humanidade, mas que está disposto a fazer um último sacrifício para salvar o mundo, então vira-se para o padre e ordena: "E você, Padre Cícero, tome conta deles".

Com o lema "cada casa uma oficina, cada oficina um oratório", logo que chegou, o sacerdote tratou de mudar os costumes profanos do local e tornar comum a prática dos sacramentos. Inspirado por Padre Ibiapina, Padre Cícero criou as Casas de Caridade, organizações tocadas por beatas e que visavam a levar educação, saúde e auxílio religioso ao povo. As Casas de Caridade se espalharam pelo entorno de Juazeiro, sendo a mais famosa delas situada no Sítio Caldeirão sob o comando do beato José Lourenço. Inúmeras oficinas foram criadas, com destaque para as de produção de velas, imagens sacras e calçados. O jeito simples e carismático do padre contagiava a população que cada vez mais se entregava à religião e ao trabalho.

Emancipação

Desde o início do século XX que a vila de Tabuleiro Grande buscava desvincular-se do Crato. Como argumento principal o fato de que a vila se tornara maior e mais importante que a sede. De fato, Tabuleiro Grande apresentou um crescimento surpreendente, chegando a rivalizar até mesmo com a capital Fortaleza. O movimento em prol da emancipação ganhou força em 1909 com a chegada do Padre Alencar Peixoto e de José Marrocos, juntos fundaram o jornal O Rebate que se tornou o principal difusor do projeto. No mesmo ano, houve uma greve geral da população, causando prejuízos à economia do Crato. Em 1910, foi organizada uma passeata pela emancipação, reunindo aproximadamente quinze mil pessoas. Em 22 de julho de 1911, a emancipação é concedida, a nova cidade passa a se chamar Joaseiro (uma referência à árvore típica da região), e Padre Cícero é eleito o primeiro prefeito.

 

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